Neurociência é o campo científico que estuda o sistema nervoso, focado em apresentar a sua estrutura e seu desenvolvimento, além de compreender as possíveis mudanças que ele enfrenta ao longo da vida de uma pessoa. Esse sistema é constituído pelo cérebro, medula espinhal e nervos periféricos que, em geral, são os instrumentos de pesquisa dos cientistas do ramo.

A área se estabeleceu como conhecimento científico na década de 1970, apesar da atração do ser humano pelo cérebro possuir registros que datam do Egito Antigo.

Por muito tempo, a neurociência esteve restrita à questão biológica, isto é, aos comandos oferecidos pelo cérebro e realizados por outras partes do organismo. Entretanto, uma vez que o cérebro se tornou agente em experimentos, ficou evidente sua relação com a consciência, ocasionando uma série de questionamentos quanto ao seu papel nas decisões humanas.

Foi por essa razão que a neurociência ganhou ainda mais destaque, já que apresenta potencial para explicar os fenômenos da mente e as reações do corpo humano.

O que a neurociência estuda?

A neurociência abrange uma área ampla e de abordagem multidisciplinar. Isso quer dizer que ela está relacionada com vários outros campos, partindo de conhecimentos e aplicações da Física, Linguística, Psicologia, Comunicação, Engenharia e outras.

Sendo assim, o principal intuito dos neurocientistas é interpretar os comandos e as finalidades do cérebro, assim como das modificações que o órgão sofre no processo de envelhecimento humano.

Para delimitar os objetos de estudo da neurociência, a área foi dividida em cinco campos. São eles:

  • neuropsicologia — estuda a interação entre o sistema nervoso e as suas funções psíquicas. Ou seja, busca compreender de que forma o cérebro influencia no comportamento e nas funções cognitivas;
  • neurociência cognitiva — busca entender como é formado o raciocínio e como aprendemos novos conhecimentos, que estão associados à capacidade cognitiva;
  • neurociência comportamental — tem relação com a psicologia comportamental e analisa a relação entre fatores internos e nosso comportamento percetível;
  • neuroanatomia — estuda a estrutura anatômica dos componentes do sistema nervoso e suas funções;
  • neurofisiologia — responsável por investigar as ações desenvolvidas por diversas áreas do sistema nervoso.

Podemos dizer, portanto, que a neurociência explica não apenas os comportamentos do corpo, mas os fenômenos da mente. Trata-se de um campo científico que apresenta estruturas, processos de desenvolvimento e transformações que podem acontecer ao longo da vida.

Quais são os principais benefícios?

Muitas organizações têm adotado a neurociência nas operações diárias, principalmente na relação entre os colaboradores. Esse conhecimento é muito utilizado na seleção de talentos, para avaliar quais candidatos estão mais adaptados às necessidades do negócio.

Além disso, podemos destacar outras vantagens da neurociência:

  • mais produtividade — com esse método científico, pode-se observar em quais horários as pessoas estão mais dispostas a realizar atividades mentais;
  • ambiente de trabalho mais harmônico — quando ocorrem mudanças significativas na empresa, os colaboradores precisam de um tempo para se acostumar, fazendo com que a produtividade caia e as relações interpessoais sejam afetadas;
  • redução de estresse — a neurociência ajuda a identificar os gatilhos mentais que deixam uma situação estressante ou, ao mesmo tempo, estimulante.

Diante disso, é evidente que os setores de Recursos Humanos e Marketing Digital são os que mais se beneficiam com a aplicação da neurociência. Afinal de contas, as funções cerebrais ajudam a compreender de maneira mais precisa o comportamento do cliente, como, por exemplo, o que leva a preferir determinado produto em relação ao outro.

Qual é a relação entre neurociência e consumo?

Agora que você já sabe o conceito da neurociência, é possível relacionar o papel das emoções às decisões humanas. Por esse motivo, grande parte das empresas tem buscado informações retiradas a partir das emoções para incentivar o consumo e observar os desejos dos consumidores.

Essas ideias, geralmente, são conquistadas por meio das reações e comportamentos expressos, o que pode tornar os clientes ainda mais suscetíveis ao consumo. Portanto, a neurociência é aplicada nesse caso para compreender o comportamento dos consumidores e as necessidades de seus clientes.

Podemos pensar, por exemplo, no estudo da neurociência aplicado à arquitetura — também conhecido como neuroarquitetura —, que permite saber como o cérebro reage a determinados espaços. Ou seja, considera a arquitetura como um fator ativo e influente no cérebro humano.

Dessa forma, as empresas reconhecem a responsabilidade sobre esses efeitos e projetam ambientes que provocam o bem-estar físico e mental de seus consumidores por meio da manipulação desses elementos. É o caso da disposição de objetos em alguns pontos de venda ou espaços comerciais, que pode influenciar na escolha de um revestimento para a construção.

Isso acontece, na maioria das vezes, porque a saúde e o bem-estar estão em evidência, sendo fundamental planejar espaços confortáveis que favoreçam a qualidade de vida dos usuários, já que essa tendência é cada vez mais cobrada pelo mercado e pela sociedade por meio da neuroarquitetura.

Como você pôde ver, ao entender os mecanismos da neurociência, a área da arquitetura pode proporcionar uma experiência positiva e vantajosa, direcionando as sensações dos usuários e a escolha dos objetos.

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